***VIDRAÇAS***
Pelas vidraças
Olho o lado de lá
O mundo que me chama
Num apelo doce
De me querer muito
Alegre, solta
Quase irreverente...
Retorno quieta
Pro mesmo lugar
Só arrisco olhar
Disfarçando
A vontade secreta
Guardada nas frestas
Das minhas janelas...
Às vezes sem querer
As deixo embaçar
De um choro calado
Quieto e solitário
Quase um murmúrio
Pela incerteza de não saber
Se lá fora só é belo
Porque vejo tudo
Através delas...
Ah, vidraças!
Quando terei
Coragem de quebrá-las?
Nikitita... apoetinha de Niterói