ENTREGO O MEU PESCOÇO

Entrego o meu pescoço
Dou-me por vencido
Lança-me o punhal
Que me perfura
Sou Miura
Humanamente incompreendido
A lei turvou-me o entendimento
E se poeta sou, se me afigura,
Desisto da poesia sofrimento.

Faço verso conforme o momento
Não me avulta
Condenar a poesia
Da fraqueza oculta
A vida a poesia julga
E ao poeta a quem subjuga.

Erros meus,
Meus desenganos
Contam vinte e nove anos
E eu só peço a Deus
Vida mais longa
Em dobro
Aos meus passos pequenos
Pois que na vida não sou quantidade
Sou mais um entre os iguais
Nem mais,
Nem menos.
LordHermilioWerther
Enviado por LordHermilioWerther em 30/09/2009
Reeditado em 30/09/2009
Código do texto: T1839951
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