ENTREGO O MEU PESCOÇO
Entrego o meu pescoço
Dou-me por vencido
Lança-me o punhal
Que me perfura
Sou Miura
Humanamente incompreendido
A lei turvou-me o entendimento
E se poeta sou, se me afigura,
Desisto da poesia sofrimento.
Faço verso conforme o momento
Não me avulta
Condenar a poesia
Da fraqueza oculta
A vida a poesia julga
E ao poeta a quem subjuga.
Erros meus,
Meus desenganos
Contam vinte e nove anos
E eu só peço a Deus
Vida mais longa
Em dobro
Aos meus passos pequenos
Pois que na vida não sou quantidade
Sou mais um entre os iguais
Nem mais,
Nem menos.
Entrego o meu pescoço
Dou-me por vencido
Lança-me o punhal
Que me perfura
Sou Miura
Humanamente incompreendido
A lei turvou-me o entendimento
E se poeta sou, se me afigura,
Desisto da poesia sofrimento.
Faço verso conforme o momento
Não me avulta
Condenar a poesia
Da fraqueza oculta
A vida a poesia julga
E ao poeta a quem subjuga.
Erros meus,
Meus desenganos
Contam vinte e nove anos
E eu só peço a Deus
Vida mais longa
Em dobro
Aos meus passos pequenos
Pois que na vida não sou quantidade
Sou mais um entre os iguais
Nem mais,
Nem menos.