Sem rédeas
“Não me dêem cabresto, / porque eu tenho asas e a intuição dos rumos...” (Nísia Nóbrega)
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Não quero
a hora dos teus ponteiros
escravizando meu indigesto tempo;
Quero meu tempo
ruminando todas as horas
da minha ingênua e faceira liberdade.
Não quero
a alma escrava no tempo,
nas mãos de tuas horas marcadas;
Quero minh’alma
presa apenas nas horas
que me fazes do teu amor escravo.
Não quero
a intuição dos rumos
na sofreguidão da mansa correnteza;
Quero a certeza
desse amor arrebatador
nas margens opostas que nos bebem..