Humanos,Mutantes ou Andróides

Há momentos que

Parecemos andróides.

Pessoas mecanizadas,

Que sobrevivem, batalham.

Fragmentam-se no conduzir

De suas emoções vivenciadas

Na selva de pedras.

Parecemos andróides

Por não transmitir

Sentimento algum.

Coração endurecido,

Coração de pedra.

Face fria e atemorizada.

Face fria, olhar perdido

Diante do flagelo das palavras

Que ecoam de nossa boca

Quando inflamadas pela ira.

Diante da tecnologia desafiadora.

Diante da competição entre homens.

Somos androides.

Somos mutantes.

Muitos pagariam para ver

A mutação andrógena.

Podemos dizer ao mundo

Que tudo isso é o resultado

Do poder devorando o poder.

Firmamos os nossos passos

Na ponte suspensa

Dos conceitos e preconceitos.

Conceito do certo e do errado.

Conceitos eventuais.

Preconceito de um todo.

Preconceito irreal.

Somos andróides

Pela rotina de nossas ações,

Pela frenética agonia

De chegar e partir.

Pelo segredo do sagrado.

Somos mutantes

Pela destreza de camuflarmos

Os nossos sentimentos,

O nosso agir, o nosso falar.

De camuflarmos a nossa verdadeira face.

Quem é de verdade?

Quem é de mentira?

Quem é mutante?

Quem é andróide?

Estabelece condições de narrativas,

Onde o episodio que absorve

A complexidade das crises existenciais.

Firma-se na geração continua de

Um novo amanhã na certeza da presença

De um Deus que não é feito por mãos.

Andróides, mutantes.

Adjetivos ou apelidos,

Ou até mesmo a definição

Do homem diante do homem,

Numa constante luta pelo poder.

Movidos por sentimentos e razões materiais.

Acima de todas as coisas,

Somos tudo que é mais belo,

Somos tudo que é mais precioso,

Somos tudo que é mais valioso.

Somos seres humanos.

Fomos criados para triunfar.

Fomos criados para sermos vencedores.

Miguel Braga
Enviado por Miguel Braga em 02/10/2009
Código do texto: T1844167
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