Suposta essência
De que essência falamos, quando teus atos são propostos?
Teu olhar diz que degladiamos, que somos amantes supostos.
E o que em meus escritos te prende, neurótica insanidade?
O que entendes de amor, de ciúme e de castidade?
Travo batalhas sem fim, num mundo de tantos aventureiros.
Reverto mágoas em versos que torno tão verdadeiros.
O lirismo que jorra em poemas nem sempre diz tudo o que penso.
No meu convívio diário, são muitos os leões... e eu os venço.
Então, por que, criatura? Por que fazes de mim o teu alvo?
Alimenta sozinha tua loucura, porque meu coração de ti está a salvo!