ENTREMEIOS

As palavras escasseiam,
os atos se perdem na intolerância,
as respostas denotam alguma coerência.

Uma sofrível abstinência arrefece,
toma de súbito minha arrogância...
A inércia do tempo agride a lisura. 

Num portão entreaberto não vejo a saída.
Perco as soluções e uma parte da vida,
embora eu esteja só de passagem.

Deixo algum vestígio na paisagem...
assumo tristezas, extravazo a loucura.
E a busca que finda deve ser esquecida.


 
MORGANA CANTARELLI
Enviado por MORGANA CANTARELLI em 06/10/2009
Reeditado em 24/03/2019
Código do texto: T1852054
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