Cala o Canto

numa manhã, sem razão,

acordada por sonhos

de um Mensageiro Amigo,

- Sonhos de Voz,

flores nas Mãos do Coração,

esperanças Sem Fim -

a florar a Alma de Paz,

para o dia

que se fez ilusão.

e assim:

o Barco à Deriva,

nas ondas de um silêncio,

sem nem nunca

ter visto a Primavera,

Rainha das Flores

e cores chegar;

- deixo Minha Poesia,

nascida temporã,

morrer prematuramente -

nada mais Tem Valor

se uma flor sabe

enfeitar jardins

com suas cores

de eternidade,

mas não é capaz

de manter ligado

um único fio à luz

a Luminar sua poesia !

das Voltas que o mundo deu,

dos sonhos que Eram Possíveis,

das letras que Tanto Falaram,

das Lágrimas que aqueceram a Face,

dos Sorrisos de felicidade,

dos Sentimentos Descobertos,

dos Desejos Despertos,

das Lutas que nunca cessaram,

das Vitórias conquistadas,

dos ensinamentos e Esperas,

da amizade como Estrada...

restou um Único som:

- O Silêncio - .

ele ecoa na Eternidade de luzes,

até rasgar o peito,

arrancar o Sofrimento,

calar a Dor das Feridas,

nas Pétulas da Flor,

nas Asas do Sol nascente !

pelo Senhor do Tempo,

pelos Golpes das Asas do Vento,

pela dura Disciplina da Vida,

cala a voz da Cotovia Ardente de Luz,

como o canto do Rouxinol Azul.

Maria
Enviado por Maria em 07/10/2009
Reeditado em 07/10/2009
Código do texto: T1852263