Triste Fim de Um Romântico

Ah se de meus versos

Escorresse o sangue que derramo

Se de minhas rimas

Derramassem as lágrimas de meu pranto

Nada teria de ser explicado

Seria tão claro

Tão claro

Mas ah!

Se de meu pranto

Derramassem minhas rimas

E de meu sangue

Escorresse meus versos

Então tudo seria tão claro

Tão claro

E sangro e choro

Mas nada acontece

Pois deles minhas palavras

Não crescem

E deles nunca crescerão

Ah triste fim de um romântico

Que pensou ser preciso sofrer

E não entendia o amor

Que existia em um sorriso

Ah saudade daquele romântico

Que pensou entender o mundo

Mas que com olhos nublados d'água

Se perdeu no escuro...

Doce dia de primavera

Que exala seus odores pela Terra

E oferece sorrisos às damas belas

Para que na vida se ponham a cantar

Doce noite de verão

Que esconde em suas matas a canção

Que canta seus odes ao coração

Que anda perdido a se apaixonar....

Triste fim de um romântico

Pois agora é um sorriso que tem no olhar

Enquanto o sangue fica a coagular

Em versos passados de sua história

Triste fim de um romântico

Que chora agora de alegria

E em suas palavras de alforria

Venera coisa amada a toda instante...

Rhaianne Felinto
Enviado por Rhaianne Felinto em 07/10/2009
Reeditado em 03/04/2012
Código do texto: T1852622
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