Céu índigo

Como os elementos se convergem!

Solidificam-se e derretem-se depois,

Encobrindo as feridas como ungüentos

Fétidos e pegajosos,

Como a velha Maria fazia,

Rodando a colher de pau

E depois passava em nossos corpos,

Arranhando a nossa pele com as mãos rachadas

Da vida... Da lida da vida!

Volte agora ao presente.

Pressentes?

O céu índigo e elegante, já apareceu

Pronto para mais uma noite de assombro.

Assomos se deslocam de olhos e bocas,

Quais máscaras de madeira que decoram a parede

Da casa nova.

Cubro os olhos com as mãos,

Eclodindo o pensamento inextirpável!

Gladys
Enviado por Gladys em 07/10/2009
Reeditado em 08/11/2010
Código do texto: T1853187
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