Silêncio

Não digas nada!

Não interrompas com a tua voz

esta magnífica melodia...

Aprecia a suavidade do silêncio...

Não é verdade nem é mentira.

Apenas é!

O mais sublime som...

o mais difícil de ser apreciado.

No silêncio respiras,

vestes teu hábito de ouvinte

e meditas no que é!

No silêncio

ouves os teus queridos...

comungas com a mãe natureza...

misturas tuas lágrimas

com a água dos rios...

confundes teus gritos

com o uivo do vento

soprando entre os vales...

No silêncio

aprendes que o que importa

não são os valores da matéria,

mas apenas os do coração...

da alma...

No silêncio

aprendes a viver!

Montijo, 13/09/2005

António CastelBranco
Enviado por António CastelBranco em 01/07/2006
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