O Chacal

Cada opala quebrantado

Não pode ser concertado

Nem a cada gota de saliva

Que cai do céu viva.

Outrem cheira flores

Nos ares que não semeiam

No olhar do Chacal

Torna-se moribundo.

No peito demasiado

A cada gota de chuva

Enchendo o mar

Sob mistério a vida no profundo olhar.

Doutro passo em canção

Que anseia a aroma

Na veia, nos dedos

Da harpa do poeta.

Donde surgi o dilúvio

No adormecer do sol

Andando ele vem

Ao rumo do precitado.

Diante de sua aparência crua

A realidade quão nua

A sombra começa a devorar

O último olhar do poeta.

Que se torna lapidado

Nas mãos e em versos

Quentes e rubros

No olhar final

Do encontro com o Chacal.

Alex Feitosa
Enviado por Alex Feitosa em 09/10/2009
Reeditado em 09/10/2009
Código do texto: T1856722
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