ADMIRA

Admira homem, a força do amor que te pariu,
Os gritos loucos da senhora que não te viu.
Admira homem, a ereção única que o lançou na vida,
Por entre o lacre do medo, no sangue da ferida.

Admira homem, o silêncio da perfeição,
Na imagem simples do corpo estendido.
Admira o olhar parado da fúnebre paixão,
Que fez de ti, homem, seu único sentido.

Admira homem, porquê és uma bela cria,
Filho do amor, da luta e não da puta...
Admira por tudo isso enfim.

Admira à senhora caída, tua poesia,
Nesta lágrima solta de teu apelo,
e por que não, admira-te sim.

Jose Carlos Cavalcante
Enviado por Jose Carlos Cavalcante em 01/07/2006
Código do texto: T185912