COMO SE FOSSE QUEBRANTO
Ninguém sabe
da tristeza que me habita
Da moça que os meus olhos fita
e insiste em me namorar
Ninguém sabe
dessa musa indesejada
que tece melodias
frente as janelas da alma
embalando e maturando o meu pomar
Ela não se toca!
Mesmo quando a espanto,
ela me sorri faceira.
Senta na soleira da porta
e põe-se a admirar minha roseira
E no meu esquecimento,
como se fosse quebranto,
ela invade o ser adentro
e sai traçando a sua rota
perfumando a casa inteira
anunciando a sua volta
E como se fosse quebranto
eu adormeço ao seu canto.
D.V.
11/05/06
Colorado
Copyright © 2006 Dulce Valverde
All Rights Reserved