A negra

Sentou-se, então,

nua e robusta,

à frente do cenário cubista de Tarsila.

Os ombros largos.

Os olhos diminutos assentando sobre as fuças largas

e os beiços pendendo, fartos, à direita,

prestes a despencarem da face sobre a mama lânguida.

Não tarda, a negra vai se deitar

que amanhã a lida principia com o sol.

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Poesia inspirada na tela de Tarsila do Amaral, intitulada “A negra”.

Natalia Justino Batista
Enviado por Natalia Justino Batista em 17/10/2009
Reeditado em 24/09/2010
Código do texto: T1870755
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