A negra
Sentou-se, então,
nua e robusta,
à frente do cenário cubista de Tarsila.
Os ombros largos.
Os olhos diminutos assentando sobre as fuças largas
e os beiços pendendo, fartos, à direita,
prestes a despencarem da face sobre a mama lânguida.
Não tarda, a negra vai se deitar
que amanhã a lida principia com o sol.
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Poesia inspirada na tela de Tarsila do Amaral, intitulada “A negra”.