A ROSA SOLITÁRIA

No meio do jardim

Há uma rosa que fenece.

A Rosa solitária, fatigada

De solstícios e equinócios

Abandona suas pétalas

À mercê de pássaros matutinos...

A Rosa já não enrrubesce.

A Rosa povoou-se de advertências

Em sua conversação interminável consigo

E à sombra da aurora entregou-se

Ao olor da solidão na incansável

Transição que ecoa

Da densidade da terra;

Pisadas desentonadas

De um estranho esquecimento

Arrebataram a rosa

E os pés,que eram dois,

Findaram a vida

Da Rosa solitária.

Eis o ciclo da vida.

Samantha Medina
Enviado por Samantha Medina em 04/07/2006
Reeditado em 04/07/2006
Código do texto: T187354
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