saudades

Que saudades que eu tenho

daqueles tempos de alegria

como era vívido o meu cenho

inda cheio de fantasias

meus anseios eram puros

como eram puras minhas tardes!

descobrindo tantas verdades

que se esconderiam no futuro

mangas eram avermelhadas

as arvores estavam vivas

as horas não eram tão esquivas

minha mãe com gosto me abraçava!

Que saudades que eu tenho

daqueles tempos tão distantes

tempo cruel e ferrenho..

passou como uma brisa errante

e jogou meu tempo de infante

para algum canto da memória

que quando se acha é vitoria

pois se esconde a todo instante.

Que saudades que eu tenho

do tempo em que se eu não me engano

nem me passava pelo cenho

ter um dia vinte e cinco anos

Tito Livio Lisboa
Enviado por Tito Livio Lisboa em 19/10/2009
Código do texto: T1874321