saudades
Que saudades que eu tenho
daqueles tempos de alegria
como era vívido o meu cenho
inda cheio de fantasias
meus anseios eram puros
como eram puras minhas tardes!
descobrindo tantas verdades
que se esconderiam no futuro
mangas eram avermelhadas
as arvores estavam vivas
as horas não eram tão esquivas
minha mãe com gosto me abraçava!
Que saudades que eu tenho
daqueles tempos tão distantes
tempo cruel e ferrenho..
passou como uma brisa errante
e jogou meu tempo de infante
para algum canto da memória
que quando se acha é vitoria
pois se esconde a todo instante.
Que saudades que eu tenho
do tempo em que se eu não me engano
nem me passava pelo cenho
ter um dia vinte e cinco anos