Que tornem-se Deuses!

Julgo saber do tempo.

Mas tudo o que sei é uma gargalhada profunda,

uma privação da realidade,

a perda de todos os sentidos

e a tentativa de cair do infinito de volta ao chão

onde meus pés cantam... cantam,

e celebram esse gosto que me é caro.

Apesar do recomeço, não gosto, e insisto

naquilo que me recorda o falecimento e a queda da razão.

Me torno a deusa da madrugada fria,

e se meu versar sufoca

rascunho o papel

para não riscar o nome do muro.

Se meu querer afugenta

grito às paredes

para não apagar os olhos do sonho.

Joana Masen
Enviado por Joana Masen em 19/10/2009
Código do texto: T1875556
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