PASSARINHO
esse teu descabelo
se assanha no vento, fino...
em teu ar de sempre estar
naquele tempo menino.
me faz lembrar
seu jeito passarinho.
então, pela campanha,
ninas as brisas passantes.
e vê, na estrada,
a sorte acarinha – ninas
às almas viajantes...
cantantes, então.
tece céu de escambo
que troca em azul
tuas palavras sinceras...
Sem nuvens, tão nu!
que há em mim
que tanto esperas?
esse meu descabelo
se soa no tempo, sino...
e meu mar de emprestar
aquele vôo, a pino.
te faz lembrar
de meu jeito passarinho.