UM HOMEM SOLITÁRIO
Um homem solitário...
Mais parecia um menino.
Desperto na madrugada
Com esta estranha visão...
Tira-me o sono e a tranqüilidade,
Aperta meu coração.
O homem solitário
Despede-se de mim...
Segue seu caminho
Sem rumo sem fim.
A poucas horas atrás,
O seu verso declamava
Numa roda de poesia
Para uma platéia encantada.
A sua nova conquista,
Alegre me contou.
Começara a trabalhar...
Um trabalho gratificante
E o sorriso em seu rosto
Tornou-se radiante.
Paramos para lanchar,
Esfiha e coca cola.
Não parava de falar
Parecia uma criança
Em seu primeiro dia de escola.
Eu ouvia atentamente
O poeta diletante;
Da arte, verdadeiro amante,
Em sua simplicidade.
Parecia tão feliz;
Falamos de tantas coisas.
Ele sorria contente.
Em suas boas lembranças
Havia tantas passagens
E nas lembranças tristes,
Mágoas e saudade.
Contou-me de sua vida na rua
Das aventuras vividas,
Que já ganhara dinheiro...
E algumas injustiças.
Falou... Falou... Falou.
Mas eu tinha que ir embora.
Tenho meu lar,
Meu canto para voltar
E nos despedimos ali.
Na entrada do metrô.
Eu não queria deixá-lo
Sozinho, abandonado;
Pensei em minha família
No conforto, no regalo.
Meu coração pedia
Para fazer alguma coisa
Mas naquele momento
Nada me ocorria.
Ele, agarrado à mochila,
Acenou-me com a mão...
Foi seguindo seu caminho...
Um olhar sem expressão
Parecia pedir socorro...
Apertou-me o coração.
Já apagado o sorriso,
Pareceu-me sem esperança,
Mas não perdeu de seu rosto
Aquele jeito de criança.
A sua realidade,
Tão diferente da minha.
Senti uma ponta de remorso;
Pareceu-me ser mesquinha
A atitude do momento.
Deixá-lo ali, tão tristonho
Sem ter onde repousar
Levando em sua memória
Lembranças a atormentar.
Parei... E por um instante
Fiquei vendo-o afastar-se.
Aquele homem solitário
Com trejeitos de menino
Ia vagar pela noite
Sem rumo e sem destino...
Despertei de madrugada
Com esta estranha visão...
Perdi o sono e sentada
Chorei toda essa emoção.
SP. 21/10/2009
Um homem solitário...
Mais parecia um menino.
Desperto na madrugada
Com esta estranha visão...
Tira-me o sono e a tranqüilidade,
Aperta meu coração.
O homem solitário
Despede-se de mim...
Segue seu caminho
Sem rumo sem fim.
A poucas horas atrás,
O seu verso declamava
Numa roda de poesia
Para uma platéia encantada.
A sua nova conquista,
Alegre me contou.
Começara a trabalhar...
Um trabalho gratificante
E o sorriso em seu rosto
Tornou-se radiante.
Paramos para lanchar,
Esfiha e coca cola.
Não parava de falar
Parecia uma criança
Em seu primeiro dia de escola.
Eu ouvia atentamente
O poeta diletante;
Da arte, verdadeiro amante,
Em sua simplicidade.
Parecia tão feliz;
Falamos de tantas coisas.
Ele sorria contente.
Em suas boas lembranças
Havia tantas passagens
E nas lembranças tristes,
Mágoas e saudade.
Contou-me de sua vida na rua
Das aventuras vividas,
Que já ganhara dinheiro...
E algumas injustiças.
Falou... Falou... Falou.
Mas eu tinha que ir embora.
Tenho meu lar,
Meu canto para voltar
E nos despedimos ali.
Na entrada do metrô.
Eu não queria deixá-lo
Sozinho, abandonado;
Pensei em minha família
No conforto, no regalo.
Meu coração pedia
Para fazer alguma coisa
Mas naquele momento
Nada me ocorria.
Ele, agarrado à mochila,
Acenou-me com a mão...
Foi seguindo seu caminho...
Um olhar sem expressão
Parecia pedir socorro...
Apertou-me o coração.
Já apagado o sorriso,
Pareceu-me sem esperança,
Mas não perdeu de seu rosto
Aquele jeito de criança.
A sua realidade,
Tão diferente da minha.
Senti uma ponta de remorso;
Pareceu-me ser mesquinha
A atitude do momento.
Deixá-lo ali, tão tristonho
Sem ter onde repousar
Levando em sua memória
Lembranças a atormentar.
Parei... E por um instante
Fiquei vendo-o afastar-se.
Aquele homem solitário
Com trejeitos de menino
Ia vagar pela noite
Sem rumo e sem destino...
Despertei de madrugada
Com esta estranha visão...
Perdi o sono e sentada
Chorei toda essa emoção.
SP. 21/10/2009