MANTENDO-ME VIVO
Há tempos eu não sinto
O breve sabor de uma leve alegria em minha alma.
Há tempos que eu não sinto
O meu coração disparar acelerado
Por uma alegria quase infantil...
...Não sinto um gosto de amor num beijo,
Nem a segurança de um abraço.
Nem a simplicidade de um afago.
Nem a entrega num sentimento.
Não sei mais o que sentir diante do luar,
Não sei o quanto chorar diante do pôr- do- sol.
Não sei se eu deveria alimentar esperanças,
Quando estiver observando o sol nascer.
Purificar a minha alma
Banhando-me numa tempestade.
Ser tocado e inundado
Pela energia noturna.
Esperando que sequem as minhas lágrimas,
E torcer para que se renovem os meus sorrisos,
Esperar que se multipliquem as minhas poucas esperanças
E comemorar, a cada ano, em que me mantenho vivo.
08 / 02 / 2007