MANTENDO-ME VIVO

Há tempos eu não sinto

O breve sabor de uma leve alegria em minha alma.

Há tempos que eu não sinto

O meu coração disparar acelerado

Por uma alegria quase infantil...

...Não sinto um gosto de amor num beijo,

Nem a segurança de um abraço.

Nem a simplicidade de um afago.

Nem a entrega num sentimento.

Não sei mais o que sentir diante do luar,

Não sei o quanto chorar diante do pôr- do- sol.

Não sei se eu deveria alimentar esperanças,

Quando estiver observando o sol nascer.

Purificar a minha alma

Banhando-me numa tempestade.

Ser tocado e inundado

Pela energia noturna.

Esperando que sequem as minhas lágrimas,

E torcer para que se renovem os meus sorrisos,

Esperar que se multipliquem as minhas poucas esperanças

E comemorar, a cada ano, em que me mantenho vivo.

08 / 02 / 2007

Perrelli
Enviado por Perrelli em 22/10/2009
Código do texto: T1881504
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