Não me magoe,por favor!

Não me magoe, por favor!

Ciducha

Eu me sentia como alguém

que contraíra uma doença

fatal!

Durante curtos períodos

eu conseguia esquecê-lo,

mas logo voltava a sentir

a pressão sutil na memória...

Comecei a desejar

que jamais tivéssemos nos encontrado

pessoalmente...

A realidade era mais opressiva

que os vôos compulsivos,

da minha imaginação...

Eu o queria tanto!

Mas não é da dor que tenho medo...

eu conheço essa dor.

Tenho medo é do término desse amor,

meu pequeno e doce sonho...

Tive tão poucos sonhos...

- Não me magoe...

Era isso que eu precisava dizer:

- Por favor, não me magoe!

Para tanto, basta o vazio...

basta essa sensação de tudo,

rodeada de nadas indecifráveis...

velhos sonhos carcomidos...

puídas esperanças...

o tic-tac do relógio,

impertinente, quase rude...

Não me magoe, por favor!

A melhor parte,

o que sobrou de mim, morrerá,

se você me magoar

Santos, 21/10/2009

Ciducha
Enviado por Ciducha em 23/10/2009
Código do texto: T1882157