Contra ataque.

A fala dolosa calava caudalosa

Na garganta,

Uma gramática de silêncios

Dissecava o cotidiano

Em pausas e pausas e pausas.

No espelho o estranho sorria

- Uma crase existencial –

Plagiei a agonia dos poemas,

Plagiei a ignorância dos sábios,

Plagiei a inocência dos culpados,

Mas prezado leitor,

A poesia não dorme, não come e não ama.