Ao pôr-do-sol

Nuvens porosas contra o céu azul
desenhadas com lápis grosso
de letra parada.
Outras nuvens ralas,
de escritura fina,
seguem com o minuano em disparada.
Camadas de céu,
frestas de sol,
coral do entardecer, que cedo vem.
Pinheiros despertam
após a chuva de pedras
que embranqueceu
o parapeito da janela e o jardim.
Asas renovadas fazem festa!
Seres tão vivos
nos galhos da paineira inda desnuda.
Em algum lugar ao longe,
nesta cinzenta primavera,
aviões imitam passarinhos.
Quisera, rosa meditativa, poder voar assim.

Imagem do google: ipt.olhares.com
meriam lazaro
Enviado por meriam lazaro em 24/10/2009
Reeditado em 20/02/2010
Código do texto: T1885116
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.