PEDAÇOS DE MIM XLIV


Tempo que marca na face
horas de solidão,
saudades em tempestades.
Inútil se torna o disfarce
do sorriso pela metade,
sou desilusão!

No peito sempre trincado
o sal da lágrima nasce
em dias de nostalgia.
Habita meu ser
nas sendas sem luz,
em eterno adormecer.

E quando a noite se alonga
sombras se deitam num leito orvalhado,
o silêncio grita seus segredos,
relembra fatos, abre o passado.
Alma encolhida pelo frio,
retalhos de mim!
Meu corpo abraço,
tentando desfazer o vazio!


13/11/2007
Anna Peralva
Enviado por Anna Peralva em 27/10/2009
Reeditado em 05/12/2009
Código do texto: T1889013