vejo-te...

vejo-te nas ideias transviadas,

no oblíquo imaginário,

na metamorfose do ser...

vejo-te...

...como se o desejo

estatuatizasse o corpo,

petrificasse o impossível...

vejo-te...

...dentro de mim,

qual amedrontado receio...

vejo-me nas entranhas,

no que guardas,

no que expulsas a cada extase,

a cada penetrar do fim...

poema registado na

Sociedade Portuguesa de Autores /SPA

Lisboa / Portugal