Irreal

Olho as curvas retas do meu paradigma,

E mergulho no mar de vento do chão,

Perambulo por entre as rochas gélidas do Saara,

Na busca sem retorno do Santo Graal

Nesses momentos meu relógio parado corre,

E me mostra quão certo é meu erro,

Me fazendo rir de tantas lágrimas que solto,

E a tristeza me maltrata e me deixa enfermo

Sou feliz grito do alto da torre,

Com a espada em punho mirando o chifre do dragão,

Salvo a princesa e mato-a no mesmo instante,

Pois percebo que ela nem era tão bela assim

Corre em busca do fim do arco-Iris,

E com meu trenó puxado por gnomos chego lá,

Desço e percebo que é tudo mentira,

São pequenos potes de guache refletindo o sol

Pulo na cachoeira dos cachos de seu cabelo,

Para parar nas profundezas de seu colo,

Estagnado em seu seio me mostro cansado,

Já é meio dia e volto a sorrir querendo chorar

E nesse momento meu amor por ti me cega,

Pois notei que és burra por querer me amar,

Sinto que a cada movimento é impossível a volta

Pois minha realidade faz a minha loucura aumentar

Carlos Falcão
Enviado por Carlos Falcão em 28/10/2009
Código do texto: T1892178
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.