QUEM ME DERA...


Ser eu a pena mágica do poeta
acordando sonhos ao raiar do dia,
vestindo a vida em cores de festa
ao som do canto terno da alegria.

Ser sempre doce lírica inspiração,
versejando amor em prosa e verso,
ser corpo-pele em sublime emoção
espargindo livre o meu "eu" submerso.

Ter a alma sem grades, asas abertas
buscando porto-ninho calmo, seguro,
distante do breu das sensações incertas.

E placidez que transpassa o escuro,
descortinando entre noites desertas
a luz! Benta paz, que tanto procuro!



26/08/2007
Anna Peralva
Enviado por Anna Peralva em 29/10/2009
Código do texto: T1893086