NOITE

À noite no meu leito

Fico a imaginar

A grandiosidade do silencio

Que me leva a meditar

Sobre o que sou, quem sou.

A onde devo chegar,

A onde devo andar.

Sempre a observar o presente,

Na forma mais sucinta de pensar.

Conforto-me no aconchego

Da meditação e da oração,

Que conduz os meus pensamentos

Para além da imaginação.

Sinto–me flutuar,

Fugindo das agitações do sono

Muitas vezes desconfortável.

Envolvido pelas preocupações

E ocupações do cotidiano.

É à noite no meu leito

Que consulto no travesseiro o coração.

Ouço a sua voz aconselhando-me

A continuar a sonhar sem medo de errar.

Enxergo além dos sonhos,

Trazendo para o real o imaginário,

Transformando os desejos em realizações,

Os caminhos tortuosos em caminhos retos.

É à noite no meu leito,

Que todos os propósitos de uma vida

São alcançados e determinados.

Alcanço o ápice da minha historia.

Uma historia que embora contada em poesia,

Faz parte de toda uma noite

Onde morre o homem velho

E nasce um homem novo.

Assim é o cotidiano de um homem

Que cada noite vive uma nova historia.

Miguel Braga
Enviado por Miguel Braga em 29/10/2009
Código do texto: T1893604
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