NIRVANA
Quem dera no seu encanto deslizar,
Um tanto anjo um tanto homem,
Como nuvens que deslizam sem parar,
Num balé harmônico aparecem e somem.
Compassos sinfônicos eu ouço,
Não sou airoso, sou um ariano poeta,
Não sei por que clama esse alvoroço,
Homem sem laço erra e também acerta.
Aos ritmos do amor eu levo quem me leva,
Na mesma oração em que baila a paixão,
Se a paixão ultrapassar corriqueira emoção.
O homem dorme, mas o terno anjo observa.
E minhas rimas sempre estarão presentes
No amor que em metáforas se descortina,
Abraçando você como se fossem correntes,
Levando-lhe ao nirvana majestosa bailarina!
Inspirado no poema "Nirvana", de Luli Coutinho
SSABA 1/11/2009