psicopoesia

sem título

por favor me deixem

como se deixa um moribundo

um condenado à morte

dizer a última oração.

permitam-me

baforar minhas fumaças

tragar meus sons bizarros

sem pausas ou intervalos;

esqueçam se sou assassina

do verbo, do metro e da rima

eu sigo o ritmo da forca

das almas atormentadas.

Soaroir 31/10/09