TERRÍVEL DRAGÃO
Cerca a vítima,
encurrala
num vale sem saída.
Olhos sempre frios
intimida,
hipnotiza,
fera sem brios,
aterroriza.
Sorve o medo
do condenado,
o mantém assim refém,
aprisionado!
Não questiona,
sabe que é mais forte
e que hoje
é seu dia de sorte...
Algoz
e feliz com sua atitude,
não vê a dor atroz
sangrar até a morte.
Mordaz,
amordaça a verdade
e atiça seus séquitos
que, qual carrascos,
atiram vidas
num futuro que não apraz.
Ferina,
corta qual navalha
a alma sem liberdade,
que triste orvalha
e se queda,
com as pedras atiradas.
Dragão que chispa
palavras que marcam a carne,
que embaçam a história
e cada vez mais retardam
dias de igualdade e glória.
Dragão de coração endurecido,
esquece que finita é a existência
e como um ensandecido
desconhece a clemência;
que a alma é eterna
e um dia há de se reverter o processo.
Cada vez mais hão de surgir
outros afogueados e possessos,
atrasando o crescimento
segurando o evolução,
tentando em vão
reinar num mundo
triste da escuridão.
Dragão de farpas afiadas
marca a matéria,
mas o tempo cicatriza.
Não vencerás!
Sua saga é imunda,
com seu ódio
seus próprios dias inunda,
cada vez mais distante da paz.
Mas uma legião de outros tantos,
com humildade e boa vontade
ungidos com óleos santos,
mudarão o rumo da humanidade.
Seu merecido castigo
será a clausura,
vagante sem abrigo
suas farpas afiadas
a cortar-lhe a consciênca,
até que, envolto no breu,
acuado, sem amigos
há de se calar na demência!
abril de 2007
Cerca a vítima,
encurrala
num vale sem saída.
Olhos sempre frios
intimida,
hipnotiza,
fera sem brios,
aterroriza.
Sorve o medo
do condenado,
o mantém assim refém,
aprisionado!
Não questiona,
sabe que é mais forte
e que hoje
é seu dia de sorte...
Algoz
e feliz com sua atitude,
não vê a dor atroz
sangrar até a morte.
Mordaz,
amordaça a verdade
e atiça seus séquitos
que, qual carrascos,
atiram vidas
num futuro que não apraz.
Ferina,
corta qual navalha
a alma sem liberdade,
que triste orvalha
e se queda,
com as pedras atiradas.
Dragão que chispa
palavras que marcam a carne,
que embaçam a história
e cada vez mais retardam
dias de igualdade e glória.
Dragão de coração endurecido,
esquece que finita é a existência
e como um ensandecido
desconhece a clemência;
que a alma é eterna
e um dia há de se reverter o processo.
Cada vez mais hão de surgir
outros afogueados e possessos,
atrasando o crescimento
segurando o evolução,
tentando em vão
reinar num mundo
triste da escuridão.
Dragão de farpas afiadas
marca a matéria,
mas o tempo cicatriza.
Não vencerás!
Sua saga é imunda,
com seu ódio
seus próprios dias inunda,
cada vez mais distante da paz.
Mas uma legião de outros tantos,
com humildade e boa vontade
ungidos com óleos santos,
mudarão o rumo da humanidade.
Seu merecido castigo
será a clausura,
vagante sem abrigo
suas farpas afiadas
a cortar-lhe a consciênca,
até que, envolto no breu,
acuado, sem amigos
há de se calar na demência!
abril de 2007