Mesopotâmia

Esse ribombar das trovas,

dois rios como uma mulher.

Esse zigurate da língua,

esse verbo Abraão. Este Verão.

O início, o fim, esse meio , todo o Verbo.

Fazem-se de dores, as tabuinhas do segredo.

O sexo, todo livre, O Eufrates, o Tigre.

As plantas muito verdes, que se abrem no coração.

Esta caminhada para Canã, sempre em frente.

Que se cortem as águas, que se firme a fé.

Dois passos, um que já te dei!

Constantino Mendes Alves
Enviado por Constantino Mendes Alves em 08/07/2006
Reeditado em 09/07/2006
Código do texto: T190187