Destino.

As razões não existem

quando a lógica nos afasta

e outra vida segue

estando nossas almas

unidas uma a outra.

Continuar é obrigatório.

Somos peças do destino

a trair nossos caminhos,

sentenciar-nos a camas separadas,

camas vazias de amor

suspiros carregados de dor.

Fecho os olhos e estamos como estivemos

ao nos reencontrarmos para a maldição se cumprir.

Tão humanos, corações tão comuns,

cheios de ilusões em vozes seladas

em linhas proibidas.

Dizer do amor assim

é trair a si próprio.

É condenação da verdade,

quando só nos sonhos

nos tocamos e poetamos

a concretização dos prazeres

crendo que algum dia

venceremos os séculos

encarnados e livres para nós.

Eliane Alcântara
Enviado por Eliane Alcântara em 23/05/2005
Código do texto: T19161