Criadores, Criações, Criaturas...

Criadores...

Correm rimas pelas veias.

As células do sangue formam palavras.

Os pensamentos são versos soltos sem pontuação.

Dos pés à cabeça, transpiram sonhos.

Possuem a fórmula mágica da emoção.

Criam dores...

Caem leves no papel.

Dançam com as mãos quando,

Levianos, entregam a alma à tinta,

Ao lápis...

Criações...

Artistas que desenham as nuvens do céu.

São os escultores das crateras da Lua.

Pintam as flores, o pôr do Sol e os rabiscos de relâmpagos no céu.

Tudo é ilusão.

Criam e aturam...

Criações...

São registros de um passado cru.

A invenção de um futuro morto.

Presente nascido a fórceps.

Criaturas...

E para os tempos: bola de cristal.

O agora é mais uma ilusão.

Criadores, criações e criaturas...

Criam Ação, reação, inquietação...

No segundo que antecede a vírgula não respiram.

Suspiram, transpiram, deliram...

Crituras que criam dores...

Os pratos estão fartos de pecado.

E para o amor, têm a cura.

Criam e aturam...

Deixa voar solto o verbo.

Ilusionistas não são heróis.

- Criam asas e aturam a dor de voar.

(TEXTO PARA O BLOG ILUSINISTAS DO VERBO)