Sementes da noite

Novamente a noite fria

divide o dia, divide a gente

noite que surge da mente

derrepente quanto o susto.

Como o veneno no sangue,

como o olho do deus sol.

Vem o medo da noite

invadir meus sonhos e

cegar-me os olhos.

Ao meu lado um anjo cego,

em meio ao escuro,

escuro do meu coração,

um anjo belo e triste

que vela o meu sono e

violenta mimha alma.

O medo da noite me faz chorar

e lembrar da tua face pálida;

Há uma serpente em meus sonhos

em teus olhos verdes: nossas dores

e em teu ventre a gente,

nossa mente e semente

do medo da noite.