Peito aberto
Viver e aproveitar
achando que é para sempre
machuca mais
do que não aproveitar.
Viver cada momento,
relembrar de cada
minuto e vivenciar
cada segundo tudo de novo
como se fosse um sonho
ou como a realidade que foi,
com a intensidade que teve.
Sorrir com a mesma
boca que sorriu antes;
chorar outras lágrimas.
Tudo foi tão belo
e tão belo ficou.
Não há quem tire
de dentro de mim
a memória das lágrimas
e dos risos. Eternos
são, efêmeros foram.
E de peito aberto,
pronto para rir ou
para chorar, sigo
em frente. E sei
que tudo não será
como naqueles dias.
Mas com a esperança
que seja belo tanto
quanto a primeira
descoberta foi.
Descobri hoje
que descobrir
me torna mais homem.