Ébano!

A noite envolve a terra no seu negro véu...

E minha alma se reveste do tom

Sepultei as cores até nos sonhos...

Meu inconsciente traduz

A noite que minha alma mergulhou.

O dia se ausentou da minha vida...

Em meus devaneios perdi o rumo do sol.

Busco insensatamente a letargia das músicas tristes...

Prisioneira da solidão

Meu corpo sente falta

De um corpo colado ao meu...

Do frescor de um hálito morno

Perscrutando-me o rosto.

De mãos a me desvendar os caminhos...

De uma língua a degustar minha.

De uma voz a sussurrar palavras desconexas,

Carinhosas, indiscretas...

A noite envolve a terra com seu manto de ébano

Mas ela tem as estrelas, a lua...

Eu em contrapartida não tenho ninguém,

Só no silêncio da noite,

Sentindo a carícia da noite

Na minha pele nua

Sinto-me solitária, triste... Sua!

Observadora
Enviado por Observadora em 13/11/2009
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