Átimo

florescimento
na voz insone do verbo
oculta flores em cimento
ápteras
lacônica existência
na porosidade da lágrima
desfolhada na aridez do dia
bulicoso estado do ser

o silêncio das pedras
precisa bradar
vociferar o que está guardado
estagnar é sopro de vida
analgésico, entorpecente
o sal das ondas o sabem
em dias argênteos
ou em noites poluídas

nos vales e depressões
alojam-se águas límpidas
nas vísceras rios vivos
chocalham peixes á margem
dos sonhos  dos desejos dos arroubos

bulício no íntimo
Silêncio !
As pedras podem despertar


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* imagem do google
Úrsula Avner
Enviado por Úrsula Avner em 15/11/2009
Reeditado em 15/11/2009
Código do texto: T1924240
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