SABE... QUASE TUDO!

Sabe que a todo instante repito

Poema diferente do já escrito,

Falo de amor num só rito,

Só, eu mesmo, é o meu grito.

Que digam que não é certo,

Que o livro foi fechado,

De ser abençoado,

Estaria perto?

Sabe por que eu insisto,

Porque resiste

O que em mim é vasto,

Viciei em não ser triste

E meu fôlego não está gasto.

Minha aflição é não escrever logo,

Pois o logo me traz o novo

Palavras e rimas eu armo e jogo,

Onde escrever logo eu resolvo.

Falo sobre o que há em tudo

Um pouco do que posso e devo

Sobre o amor que sonho no mundo,

Meia volta, volta e meia escrevo.

Pra minha flor mais ainda,

Minha constante paixão não é de juras,

É fogo que arde e não finda,

Meu amor encandeado de palavras puras.

Quem faz jura eterna ser uma quimera

Escreve por escrever alguma fantasia,

Explode os sentimentos numa espera

Como se tudo fosse uma poesia.

Mas, novos poetas pensem um pouco,

Sejam os poemas rimados, ou brancos

Versos de ricos, ou de um “louco”,

Se louco é livre por não temer barrancos,

Espantemos a solidão com a mesma pena,

Que descrevemos os sonhos sempre,

Não percamos a hora e o gosto da cena,

O poeta em mim será para sempre livre.

Inspirado no poema QUASE TUDO de Eliana Braga Gaivot@

Walter BRios
Enviado por Walter BRios em 15/11/2009
Reeditado em 15/11/2009
Código do texto: T1924922
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