Dode Dromen - (Sonhos Mortos)
De meus sonhos mortos na constante luta,
Somente são visíveis algumas das fagulhas,
Que emergem secamente de minhas tulhas,
Para findarem na lira ardente da fria labuta.
É neste contexto amargo que, sem rumo, vago,
Do lodo que escarro faço sôfregas sinfonias,
No intento de sentir além das pulsações vazias,
Um tom sublime no verso úmido que´u afago.
Tardia, a hora, em meus ombros a se derramar.
Clamei, a esperança, nos ventos tristes, clamei.
E no pranto combalido, vivo teu nome a professar.
Mesmo ao ver findar, os sonhos, neles me logrei.
Este é o mal que me consome...tentar despertar,
Os sonhos mortos que na própria alma sepultei.