Dode Dromen - (Sonhos Mortos)

De meus sonhos mortos na constante luta,

Somente são visíveis algumas das fagulhas,

Que emergem secamente de minhas tulhas,

Para findarem na lira ardente da fria labuta.

É neste contexto amargo que, sem rumo, vago,

Do lodo que escarro faço sôfregas sinfonias,

No intento de sentir além das pulsações vazias,

Um tom sublime no verso úmido que´u afago.

Tardia, a hora, em meus ombros a se derramar.

Clamei, a esperança, nos ventos tristes, clamei.

E no pranto combalido, vivo teu nome a professar.

Mesmo ao ver findar, os sonhos, neles me logrei.

Este é o mal que me consome...tentar despertar,

Os sonhos mortos que na própria alma sepultei.

Myrna RRP
Enviado por Myrna RRP em 12/07/2006
Código do texto: T192753