PREFIRO A LÍNGUA DO MEU CORAÇÃO!


Vou repisar aquilo que o tempo não consegue fazer e quem sabe esquecer o que me esqueceu... podemos falar todos os idiomas possíveis e não conseguirmos nos expressar quando não há possibilidade de vermos os olhos!...
 
Não existe outra vez para aquilo que foi feito...
 
Gosto do som que a voz produz, embora eu prefira a língua do meu coração!
 
O único vínculo que consigo entender é a fatalidade de crescer sempre, eternamente, por isso, não existe escapatória... somos imortais, mas devemos chegar rápido sem que o tempo nos atropele!... resolvi voltar pelas coisas da vida e das vidas que se nos cercam.
 
Continuarei guardando a suavidade do tempo em meu peito para não deixar murchar as suas essências - todas foram guardadas conforme nascidas e oriundas de uma entrega verdadeira!
 
Lamento não ter sido sentido na intensidade que te senti e falo em face dos gestos que nunca me acenaram uma possibilidade de mudança de curso ou até dos restos que bordaram a dor do meu peito nas incontáveis noites de solidão e de esperança amarelecida pelo seu temor!
 
Enfim, agora, talvez, seja tardia a lamúria ou a bengala da culpa, pois tudo está conforme deveria estar e se não fomos grandes o suficiente para seguirmos o mesmo rumo não podemos ser diminutos para sofrer por ele!
 
De resto... têm o que sempre teve... amor latente e uma ânsia de tudo que, por fim, se traduziu não sei em quê!
 
Ser integro é não ter medo de amar quando já se está amando, enfim, deram um lindo texto as reticentes linhas deste enredo e o céu continua bordando as mesmas estrelas de sempre, mas sempre novas, então, não apague nenhuma delas!
 
Desejo-lhe paz e que a sua alegria possa transbordar na medida recíproca da sua entrega e do que lhe entregam, mas não olvide das sutilezas do tempo que se finda, pois tudo na vida passa!
 
Abraço-lhe com o sopro que não incomoda na calada noite do meu peito, mas o barulho insiste neste recanto da minh’alma para gritar o seu nome em letras bordadas pelo calor dos nossos corpos entrelaçados!
 
©Balsa Melo
18.11.09
Brasília - DF
BALSA MELO (POETA DA SOLIDÃO)
Enviado por BALSA MELO (POETA DA SOLIDÃO) em 18/11/2009
Código do texto: T1930534
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