SÓ, COMIGO

No quarto os móveis, os pôsteres
E a mente ocupando lugar.
Na mente, minha ambição de cair no centro da imaginação.
E ser engolido por mim mesmo.
Na imaginação, as loucuras diárias.
Trancado em quatro paredes, vendo imagens distorcidas.
Nas imagens uma antiga barreira.
Um centro que todos procuram.
Mas só eu pensei e encontrei.
E em vão tentei passar para alguém me entender.
Ah...menino, cuidado senão será destruído pela própria mente.
És ingênuo, mas sabe muito mais.
Procura coisas estranhas para sobreviver.
Procura sobreviver para poder continuar a procurar.
Por que não pára de pensar, menino?
Uma força estranha te carrega.
Leva-te só, contigo.
Só, comigo:



1975