Dos vapores que falo

Sinto-me passível a deixar nos perdigotos

as falhas que abdico

E hoje, pego-me em vigília

Acordo em passos arredios,

Vou embora, como qualquer vapor da fala

Sinto que nas estranhas vestes de dormir

Há pesos de mil cadeados

Fecho a porta de sair,

o fosso de cair

E num solene tom de nunca mais

Escondo-me nas frestas dos tijolos

Caio, ajeito-me e deixo transpirar

O vapor do susto, evapora e some

E o que dizer do vapor da calma?

Foge do relento e procura a volta

Mexe na voz e adivinha

antes do relógio, a calma diz:

hora de dormir, de esfriar

Hora de acordar............................

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Acordei

Michell Niero
Enviado por Michell Niero em 13/07/2006
Reeditado em 13/07/2006
Código do texto: T193521