Segredos do baú dourado
segredos,
eu os trago num
pequeno baú dourado
bem guardados
para que não sejam propalados
que não sejam adúlteros
os meus lábios
em pronunciá-los
que não se precipitem
meus olhos
a publicá-los
segredos,
eu os sei inteiros
tão obsoletos
quanto a campânula
em que os vejo presos
é na tinta brilhante
que verte da caneta
que lanço sobre
a folha alva
em dose incerta
vestígios dos meus segredos
mexo e remexo
o baú dourado
na salivante e
paradoxal expectativa
de que eles despertem
e com um desejo
de voar intensificado
adquiram asas e
voando... se desintegrem
que saiam céleres
pela porta entreaberta
sigam rumo á vida
( ou ao que restou dela)
talvez transfigurados em
borboletas coloridas
que voam sem amarras
não precisam de sentinela
Úrsula Avner
* imagem do google- sem informação de autoria
* poema com registro de autoria
" Não é possível esconder-se de si mesmo " ( Úrsula Avner )
segredos,
eu os trago num
pequeno baú dourado
bem guardados
para que não sejam propalados
que não sejam adúlteros
os meus lábios
em pronunciá-los
que não se precipitem
meus olhos
a publicá-los
segredos,
eu os sei inteiros
tão obsoletos
quanto a campânula
em que os vejo presos
é na tinta brilhante
que verte da caneta
que lanço sobre
a folha alva
em dose incerta
vestígios dos meus segredos
mexo e remexo
o baú dourado
na salivante e
paradoxal expectativa
de que eles despertem
e com um desejo
de voar intensificado
adquiram asas e
voando... se desintegrem
que saiam céleres
pela porta entreaberta
sigam rumo á vida
( ou ao que restou dela)
talvez transfigurados em
borboletas coloridas
que voam sem amarras
não precisam de sentinela
Úrsula Avner
* imagem do google- sem informação de autoria
* poema com registro de autoria
" Não é possível esconder-se de si mesmo " ( Úrsula Avner )