Entidade

Consumo e sustento a agonia das vagas,

Quais límpidas chagas de meu alfobre.

Ergo no engenho do verso o meu canto,

Que visto em manto co´a frieza do cobre.

D´um coma ululante uma seca energia,

Percorre tardia minha alma cipreste.

Contudo esta luz é miragem do estio,

E percorro o vazio deste orbe agreste.

Não sabe, esta luz, que tão doce meneia,

O mal que semeia, qual murcha tulipa.

Aduba minh´alma neste vale medonho,

Aquece-me o sonho, congela e dissipa.

Myrna RRP
Enviado por Myrna RRP em 14/07/2006
Código do texto: T194156