O TEMPO

Quanta bobagem é medir o tempo

E debruçar-se à imensidão das horas

Marcar minutos ao sabor do vento

Pesar esperas, calcular demoras

Contar os dias, esperar semanas

Saber os meses, anos que passaram

E sem poder contar muitos cem anos

Falar de séculos que outros já contaram

Quanta bobagem nessa escravidão

Desse relógio que me apressa o passo

Tal qual a bomba da alucinação

Que quase explode a cada compasso

De que adianta torturar agora

O meu presente com o futuro perto?

Pois, se ontem foi presente o passado

Hoje era, ontem, um amanhã incerto

josealdyr@gmail.com