Para um diário 25 Maio 2003

recuperei a melodia

depois do susto da noite,

não há pássaros voando na alvorada,

nem sequer árvores maduras de verde

na alameda da avenida,

e o café da manhã sabe como a tantos outros.

A melodia faço-a de luz,

da posição vertical num mundo redondo,

da consciência nova de domingo,

da paz que consigo gerar no passo lento

pela rua.

Como tudo o que é importante,

a luz está nas pequenas coisas

que fazemos de consciência nova.

É só pena que os detalhes deixados para trás

sejam tantos,

e o que é importante seja apenas refúgio

do sobrevivente.

Importa ser ingénuo,

o que há no mundo que tropeça com a felicidade?

Constantino Mendes Alves
Enviado por Constantino Mendes Alves em 15/07/2006
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