DE ALMA LIIMPA

De alma limpa.

Vou sair às ruas, dançando sombras,

Colhendo luas, pulando os muros,

Entregando as flores, rasgando os jornais

Vou sair descalço, e com alma limpa

Descer as ladeiras sem culpa alguma

Tocando bandolins de borboletas azuis,

Canções de falem de vida, na noite escura

Acordando o mundo numa só janela,

Vou, vou sair poeta, vou ser a rua,

Vou ser a sombra, que floresceu no muro,

Vou, vou entregar as luas, descendo as ladeiras,

Vou, vou nascer antes de chegar o dia,

Na alma encantada das borboletas azuis,

De alma limpa, e cara pintada de mim,

Entoando versos alados, acendendo o mundo,

Nos acordes mágicos dos bandolins.

Tonho França.

Tonho França
Enviado por Tonho França em 16/07/2006
Código do texto: T195005