AS PRIMEIRAS CHUVAS DE OUTONO

O sono não veio,

a tarde parou,

o céu se abrumou

e o calor aumentou.

O vento passou,

animou as acácias,

as folhas soltas

acordaram

e bailam no chão.

Uma borboleta

dança no ar

sobre os lírios amarelos

e num instante pousa,

cerrando asas.

A chuva chegou,

uma gota,

outra e mais outra

descem do telhado.

Não estou em mim,

estou no vento

que se move,

na borboleta que se foi

e no som da chuva

que rega os lírios amarelos.

José Luongo da Silveira
Enviado por José Luongo da Silveira em 17/07/2006
Código do texto: T196124