EM RUÍNAS (Introspecção)

Estagnada consciência humana

Não sei se longa minha estrada,

Mas dos escombros que desencavo

Tenho provas que não me deixam esquecer...

São tantas farpas em mim cravadas,

Tantas falsas pegadas

A me guiar pro abismo sem fim...

Enoja os olhares medíocres

Contaminando os infelizes

Aborta todo seu prazer...

Úlcerando os olhos incrédulos

Ferozmente arremessando suas pedras

Até que a carniça lhe dê mais prazer...

Martírio dos tempos,

Desprezo dos fracos e oprimidos,

Da miséria espalhada pelos caminhos,

Subtraida a vida de qualquer um...

Nódoas do tempo não se apagam,

Absurdez esta em qualquer pauta

Sacrificando quem não puder vencer.